ACREDITAR EM DEUS, O QUE DIZ A PSICANÁLISE?



Muita gente acredita em Deus porque aprendeu assim desde pequena. Cresceu ouvindo que tem um ser lá em cima cuidando, protegendo, olhando tudo. Isso traz conforto. Dá esperança. Faz a vida parecer menos pesada.

O doutor Freud dizia que Deus é como o pai que a gente queria ter: forte, justo, amoroso, que protege a gente do mal. Quando somos crianças, precisamos disso. E mesmo depois de grandes, ainda sentimos falta. Então a ideia de um pai no céu consola.

Já o doutor Jung dizia que existe dentro da alma uma imagem parecida com Deus. Mesmo quem nunca ouviu falar dele pode sentir que existe algo maior. É como uma lembrança antiga que vive no coração humano.

Outro pensador, Feuerbach, dizia que Deus é um espelho. A gente coloca nossos desejos, medos, vontades, tudo nessa imagem. Se queremos amor, dizemos que Deus é amor. Se queremos justiça, dizemos que Deus é justo. No fundo, é a gente tentando dar forma ao que sente.

E tudo bem ter fé. Às vezes imaginar que tem alguém lá em cima ajuda a viver, a levantar da cama, a enfrentar a dor. Talvez Deus nem precise existir de verdade. Só imaginar que ele existe já pode ser útil. Pode trazer força. Pode acalmar o coração.

Mas também é bom lembrar que essa fé, quando vira exagero, pode machucar. Já teve gente que matou em nome de Deus. Já teve gente que sofreu com culpa, medo, vergonha, achando que estava sempre fazendo tudo errado. Já teve gente que usou Deus para julgar, excluir e até odiar.

Então, acreditar pode fazer bem, sim. Mas também pode fazer mal, se virar fanatismo. Por isso é bom pensar com carinho, com calma. E, acima de tudo, com respeito 

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