sexta-feira, 12 de abril de 2024

Personalidade de um suposto deus


Quem tem uma eternidade à sua disposição não precisa se apressar. Em vista disso, 

Deus levou seis dias para criar tudo, que ele achou não apenas bom mas “muito bom”. Nota-se, portanto, uma colossal despropor-cionalidade em Deus, por causa duma mera mordida numa fruta, jogar no lixo toda sua 

“muito boa” Natureza, sendo obrigado a praticamente refazê-la, tão radical e profunda foi a transformação por que ela teve de passar. Não teria sido muito mais fácil recriar o primeiro casal? É comum cristãos responderem a essa pergunta dizendo que Deus não matou Eva e Adão para não ficar com fama de tirano. 

Sem embargo, esse argumento não tem fundamento, pois a Bíblia claramente mostra que a ele não causava constrangimento algum matar quem quer que fosse. Não ha-via repreensão ou segunda chance. O casti-go divino era imediato. Deus matava pesso-as, por exemplo, por simplesmente recla-marem, e é inegável que exterminava tam-bém inocentes, como fez com as crianças egípcias. É ilógico ele transformar um mundo paradisiacamente perfeito num cruel por receio de ser tachado de malvado

já que trazer sofrimento e dor sobre bilhões de pessoas inocentes por milhares de anos não só é pior que fazer sumir um único casal como até confirma o caráter malvado de Deus. Se pode tudo, num estalar de dedos Deus poderia ter feito a totalidade de sua criação, incluindo o tal Céu, com todos os seus anjos, desaparecer.  Ninguém haveria que dele cobrasse uma explicação. Depois, era só começar do zero.  De qualquer modo, se quem morre arrependido vai para o Paraíso, matando Eva e Adão em seguida à dentada na fruta proibida Deus os teria ca-tapultado direto ao Paraíso, exatamente onde já estavam. End of the story. Não havia necessidade alguma de fazer inúmeras gerações de inocentes sofrerem. 

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