QUANDO VOCÊ ESTIVER se sentindo um trouxa, lembre-se de que milhões de cristãos dão dinheiro a igrejas ou pastores, crentes de que estão fazendo o que o deus da Bíblia mandou, quando, na verdade, o dízimo era para ser comido e repartido com os pobres..Separem o dízimo de tudo o que a terra produzir anualmente. Comam o dízimo do cereal, do vinho novo e do azeite, e a primeira cria de todos os seus rebanhos na presença do Senhor, o seu Deus, no local que ele escolher como habitação do seu Nome […]. Mas, se o local for longe demais e vocês […] não puderem carregar o dízimo […], troquem o dízimo por prata, e levem a prata ao local que o Senhor, o seu Deus, tiver escolhido. Com prata comprem o que quiserem: bois, ovelhas, vinho ou outra bebida fermentada, ou qualquer outra coisa que desejarem. Então juntamente com suas famílias comam e alegrem-se ali, na presença do Senhor, o seu Deus […]. Ao final de cada três anos, tragam todos os dízimos da colheita do terceiro ano, armazenando-os em sua própria cidade, para que os levitas, que não possuem propriedade nem herança, e os estrangeiros, os órfãos e as viúvas que vivem na sua cidade venham comer e saciar-se […]. (Deuteronômio 14:22-29)
Cristãos têm uma relação esquizofrênica com o dinheiro: sabem o que a Bíblia sobre ele ensina, mas não praticam. Supondo que Jesus e os apóstolos existiram, eles desprezavam o arame, o bago, o cacau, o dindim, a gaita, a grana, o tutu, resumindo, a bufunfa.
Apesar de ter nascido entre animais, portanto num lugar fedendo a xixi e cocô, Jesus nunca buscou ascensão social. Pelo contrário: vivia pisando nos calos dos capitalistas. Disse que ricos dificilmente vão para o Céu, admoestou um a vender tudo e dar o dinheiro aos pobres e mandou seus seguidores não se preocuparem com o amanhã e não ajuntarem tesouros. Não deixando por menos, o apóstolo Paulo classificou o amor ao dinheiro de “raiz de todos os males”.
Os capítulos 2 e 4 de Atos relatam que, obedecendo à risca a Jesus e aos apóstolos, os cristãos originais compartilhavam tudo que tinham, razão por que “ninguém do grupo passava necessidades”, pois “vendiam suas propriedades e os seus bens e distribuíam entre todos, conforme a necessidade de cada um […], e comiam juntos de casa em casa, repartindo a comida com alegria”.
Faz muitos séculos que cristãos não vivem mais assim, e se hoje uma pessoa tenta viver assim, seguidores de Jesus ficam morrendo de vontade de queimá-la numa fogueira. Como leis seculares os proíbem de fazer isso, resta-lhes apenas xingá-la da palavra que, depois de Deus e Diabo, mais gostam de proferir: “Comunistaaaaa!”
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