segunda-feira, 7 de abril de 2025

Erros e contradições da bíblia Parte 2

 



Ao ir para guerra, não tenha medo. Deus está ao seu lado, e ele lutará por você. [Dt 3:22]

A promessa contida em Deuteronômio 3:22 

 "Não tenham medo deles, pois o Senhor, o seu Deus, lutará por vocês", é um dos muitos exemplos de como a bíblia fabrica garantias divinas que se desintegram diante da realidade histórica. Se analisarmos friamente essa afirmação, não há como ignorar seu caráter absurdo e sua desconexão com os fatos. O que dizer, então, do destino dos judeus durante o Holocausto? Onde estava esse deus que prometeu lutar por seu "povo escolhido" enquanto seis milhões de homens, mulheres e crianças eram sistematicamente exterminados, torturados e reduzidos a cinzas em campos de concentração? A resposta é óbvia: em lugar nenhum.


A passagem bíblica reflete uma narrativa tribal, na qual um deus supostamente todo-poderoso atua como general de um exército primitivo, garantindo vitórias em batalhas locais. No entanto, quando transportamos essa lógica para eventos reais e complexos, como a Segunda Guerra Mundial, a contradição salta aos olhos. O deus que, segundo a bíblia, abriu o Mar Vermelho e derrubou muralhas com trombetas mostrou-se completamente ausente diante da máquina de morte nazista. Sequer uma mísera intervenção para salvar crianças judias escondidas em porões, ou idosos enviados para câmaras de gás. Nada. Silêncio absoluto.


A fé tenta escapar dessa contradição com argumentos como "os caminhos de Deus são misteriosos" ou "o sofrimento faz parte de um plano maior". Mas que tipo de "plano" exigiria o assassinato em massa de inocentes? Que deus é esse que, apesar de supostamente onipotente e benevolente, permite que seus adoradores sejam esmagados por uma ideologia genocida? A verdade é que a bíblia não passa de um livro escrito por humanos, projetando suas próprias guerras, medos e desejos em uma divindade imaginária. Quando as promessas falham, os crentes recorrem a desculpas esvaziadas de lógica, enquanto as vítimas reais são apagadas pela retórica religiosa.


O Holocausto não foi uma "prova de fé", mas uma prova da indiferença do universo. Não há deuses intervindo em guerras ou salvando povos, há apenas seres humanos, capazes do pior e do melhor. A ideia de que um deus escolhe lados em conflitos é não apenas ingênua, mas perigosa. Ela alimenta fanatismos, como vemos ainda hoje em guerras "santas" e terrorismos justificados por promessas divinas. A lição que fica é clara: se queremos evitar futuros horrores, precisamos abandonar as ilusões sobrenaturais e assumir a responsabilidade por nossa própria humanidade frágil, falível, mas capaz de aprender com a história. A bíblia errou. Deus não lutou por ninguém. Cabe a nós, agora, garantir que o horror nunca se repita

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