SE um cristão mostrar, por a + b, que coisa alguma daquilo em que ele acredita faz sentido, na carta que ele, para tentar sair da sinuca de bico em que o coloquei, tirará da manga estará escrito: “É preciso ter fé”. O que a Bíblia diz é tão evidentemente absurdo, asnático, bestialógico, confuso, contraditório, delirante, desarmônico, desarrazoado, descabido, desconexo, discrepante, disparatado, estapafúrdio, fantástico, fósmeo, ilógico, improcedente, incoerente, incompreensível, inconcludente, incongruente, inconsequente, inconsistente, insensato, irracional, irreal e ridículo que ela mesma admite ser coisa de louco, difícil, se não impossível, de ser engolida por qualquer pessoa minimamente normal.
Por
exemplo, a história do deus três em um que
teve de vir à Terra, nascer duma virgem e
sacrificar a si mesmo para si mesmo, para
salvar a Humanidade de ser castigada por
ele mesmo por um erro que ele mesmo cometeu (não só deixar Satanás solto até expulsá-lo para a Terra, permitindo-lhe
fazer Eva e Adão pecarem):
A mensagem da cruz é loucura. […] Agradou a Deus salvar aqueles que crêem por
meio da loucura da pregação. […] Pregamos a Cristo crucificado, o qual, de fato, é
[…] loucura para os gentios. (1 Coríntios
1:20-21,23)
Como, então, fazer pessoas normais engolirem a loucura da Bíblia? Persuadindo as a abrir uma exceção para ela, desligar o
cérebro e aceitá-la pela fé.
A fé é a certeza daquilo que esperamos e
a prova das coisas que não vemos. […]
Pela fé entendemos que o Universo foi
formado pela palavra de Deus. […] Sem
fé é impossível agradar a Deus. (Hebreus
11:1,3,6)
Note, caro leitor, que a Bíblia reconhece
que é preciso ter fé para acreditar que o
Universo foi criado por Deus.
A fim de convencer as pessoas normais
de que ter fé não é vergonhoso e vale a
pena, o autor de Hebreus lista personagens (alguns dos quais praticaram monstruosidades: Jefté queimou a filha, Sansão cometeu genocídio e zoocídio e Samuel ordenou
o extermínio dos amalequitas) que, por terem tido fé, foram recompensados com
mansões de ouro numa tal de “pátria celestial” — estimulando loucura com mais loucura.
Exigir fé é atirar no pé. Se para aceitar as
doutrinas da Bíblia e, consequentemente,
seguir o Cristianismo é preciso ter fé, não
há motivos para seguir o Cristianismo: ele
não é mais lógico e, portanto, mais digno de
ser seguido que as outras religiões, cujas
doutrinas igualmente é preciso ter fé para
aceitar.
Mais Loucuras da Crença em Deus— Papai, o que é farinha do mesmo saco?
— Farinha do mesmo saco é papa, cardeal, bispo, pároco, vigário, padre, clérigo, apóstolo, pastor, reverendo, profeta, sacerdote, médium, pajé, babalaô, guru, astrólogo,
cartomante, vidente, xamã, curandeiro, benzedeiro, mago, bruxo e macumbeiro.
Quando decidiu fundar o Islã, Maomé estava em dúvida sobre quantas vezes ao dia os muçulmanos deveriam encostar o nariz no chão, isto é, prostrar-se e orar. Por isso, os arcanjos Gabriel e Miguel agendaram para ele uma reunião com Alá, também conhecido como Deus. Enquanto Maomé
dormia, os mensageiros abriram o peito dele e purificaram seu coração, dele removendo todo erro, dúvida e idolatria e enchendo-o de sabedoria e fé.
Um táxi voador em forma de jegue com cara de mulher levou o profeta de Meca a Jerusalém.
Gabriel e Miguel então subiram com ele a escada que leva ao Céu.
Se ela era ou não rolante, só Deus sabe.
Lá chegando, Maomé teve de atravessar seis níveis, pelo caminho encontrando caras famosos, como Adão, Abraão e Jesus, com os quais bateu um papinho, até finalmente, no Sétimo Céu, ver a cara de Alá, que, cheio de coisas para fazer, foi direto ao assunto: “Quero que os muçulmanos me bajulem 50 vezes ao dia”.
Descendo a escada de volta à Terra, Maomé foi surpreendido por Moisés, que lhe disse: “Cinquenta vezes? Tá louco, cara? É muito! Volta lá e pede pra Deus baixar esse número” O profeta ressubiu a escada e pechinchou com Deus, que baixou o número de bajulações diárias de 50 para 45.
Redescendo, deu outra vez de cara com Moisés (que não tinha nada melhor para fazer que ficar plantado no fim [ou seria começo?] da escada). “Ainda é muito! Volta lá.”
Maomé rerressubiu e rerredesceu a escada. “Quarenta.” “Ainda é muito!” “Volto lá?” “Mas que pergunta!” Cada vez que o profeta pechinchava, Deus baixava cinco.
Após subir e descer nove vezes, com a língua de fora e quase tendo um ataque cardíaco Maomé murmurou: “Cinco”. Adivinhe o que Moisés respondeu. Isso mesmo: “Ainda é muito!”. Dessa vez, o profeta mandou Moisés ir plantar batata.
Entre teólogos, arqueólogos e historiadores, não há consenso sobre se Maomé mostrou a Moisés o dedo do meio, mas tudo indica que sim..
0 comments:
Postar um comentário