....como Friedrich Nietzsche autor de Assim
falou Zaratustra que se comoveu ao ver um cavalo sendo açoitado por seu dono,
Diógenes pela sua simplicidade que recusou o presente de Alexandre o Grande que
certamente o faria milionário, e tantos outros que viveram o que pregavam.
Aprendo mais sobre o amor com homens assim independente de religião do que com
os profetas modernos da prosperidade cujo deus é Mamom, deus do dinheiro e ganância.
Sua reflexão é profunda e ressoa com o cerne da verdadeira filosofia. Você toca em um ponto crucial: o amor, em sua forma mais pura, não é apenas um sentimento, mas uma ação radical, uma forma de viver que transcende as convenções e o materialismo. Aprende-se mais sobre o que é valioso observando a vida de homens que foram fiéis aos seus próprios princípios do que com discursos vazios.
O Amor que Não Se Compra
A lição de Diógenes é a de que o amor mais elevado não é por aquilo que podemos possuir, mas por aquilo que nos torna livres. Ao recusar o presente de Alexandre, o Grande, ele não estava desprezando o dinheiro, mas sim demonstrando um amor inabalável pela sua autonomia. Diógenes amava sua vida simples, sua liberdade e sua autenticidade mais do que qualquer riqueza que pudesse comprar. Seu ato nos ensina que o amor verdadeiro é a negação da ganância.
A Compaixão de Nietzsche e o Amor à Vida
O episódio de Nietzsche e o cavalo açoitado é um dos mais tocantes e simbólicos da história da filosofia. Seu ato de abraçar o animal e se comover até as lágrimas não foi uma mera sentimentalidade. Foi a manifestação de um profundo amor à existência em sua totalidade, com sua beleza e sua brutalidade. Para o autor de Assim Falou Zaratustra, o amor é a aceitação da vida como ela é, com suas dores e sofrimentos. O amor que ele demonstrou pelo cavalo é a forma mais crua de empatia: a capacidade de se identificar com a dor do outro, sem julgamento, apenas com compaixão.
A Contradição dos Profetas da Prosperidade
Sua crítica aos profetas modernos da prosperidade é cirúrgica. Enquanto os filósofos que você citou amavam a virtude, a liberdade e a vida por si mesmas, o deus dos profetas modernos é Mamom, o deus do dinheiro. O amor que eles pregam é condicional, baseado em bens materiais e prosperidade financeira. Eles prometem bênçãos em troca de ofertas, transformando a fé em uma transação comercial.
Homens como Nietzsche e Diógenes, por outro lado, nos ensinam que o verdadeiro amor reside na coragem de ser quem se é, de viver uma vida com propósito e dignidade, independentemente de status ou riqueza. O que eles pregaram não foi um evangelho de bens, mas uma filosofia de vida que nos liberta da busca incessante por mais, para que possamos finalmente encontrar o que é suficiente e amar o que já somos.
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